Fonte https://www.huffpostbrasil.com/entry/12-livros-para-ler-em-2020_br_5e0bc6afe4b0b2520d1bced7
Se turbinar o ritmo de leitura foi uma de suas metas para este 2020, saiba que chegou ao lugar certo. A fim de incentivar uma nova rotina de leitura, o HuffPost Brasil selecionou 12 títulos lançados (alguns também premiados) recentemente para você devorar ao longo desse novo ano.
A lista também pode servir como um desafio: um livro por mês. Para tornar a adesão ao desafio ainda mais atraente, foram escolhidas obras de diversos gêneros, do romance ao poema, da crônica ao conto, passando por um guia de bebida e uma obra de divulgação científica.
Aceita o desafio? Conheça as obras a seguir e boas leituras.
JANEIRO – Só Para Um Um – Alimentação Saudável Para Quem Mora Sozinho (Senac)
O título já diz tudo. Este livro foi pensado para quem mora sozinho e está cansado de comer de forma pouco saudável. Para além de receitas fáceis com ingredientes acessíveis, a culinarista Rita Lobo oferece dicas valiosas sobre os utensílios básicos necessários na cozinha, planejamento de compras e até armazenamento correto de alimentos para se evitar o desperdício.
FEVEREIRO – A Ilha do Tesouro (Antofágica)
Clássico absoluto da literatura universal, A Ilha do Tesouro é fonte do imaginário relacionado aos piratas que temos hoje na cultura pop. Esta nova edição das surpreendentes aventuras marítimas do personagem Jim Hawkins traz tradução inédita, ilustrações, além de textos da pesquisadora Marina Bedran – especialista na obra do autor Robert Louis Stevenson.
MARÇO – Pós-F: Para Além do Masculino e do Feminino (LeYa)
Este foi o primeiro livro de não ficção de Fernanda Young (1970-2019) e o derradeiro de sua carreira como escritora. Vencedor do prêmio Jabuti 2019 na categoria Crônica, a obra discute o que é ser homem e mulher na atualidade por meio de textos autobiográficos e carregados de sinceridade da artista da palavra – que foi uma das mais provocadoras de sua geração.
ABRIL – Pequeno Manual Antirracista (Cia das Letras)
Negritude, branquitude e racismo no ambiente de trabalho são alguns dos assuntos destrinchados por Djamila Ribeiro nesta obra curta e potente. Em dez capítulos, a mestre em filosofia e ativista negra propõe reflexões e, sobretudo, ações para que o leitor assuma a responsabilidade pela manifestação – e, consequentemente, pelo fim – das diferentes discriminações raciais.
MAIO – As Novas Regras do Vinho (Cia das Letras)
O crítico americano Jon Bonné aproxima o leitor do universo dos vinhos de maneira informativa e descomplicada. O guia contém 89 regras, combinadas com dicas especiais e boas ilustrações, e é capaz de empolgar tanto novatos quanto quem já tem experiência no assunto. Após a leitura, você certamente passará a beber vinhos melhores – provavelmente, gastando menos.
JUNHO – O Pai da Menina Morta (Todavia)
Como a morte súbita de uma menina de 8 anos reverbera na vida de seu pai? É este o ponto de partida do romance de estreia do escritor e editor Tiago Ferro, que foi o vencedor do prêmio Jabuti 2019. A obra foi escrita a partir de uma tragédia vivida pelo autor em 2016 e, além do luto, elabora outros temas, como memória, sexualidade e humor.
JULHO – Tudo Pronto Para o Fim do Mundo (Editora 34)
O livro de Bruno Brum pode causar risos, incômodo e boas reflexões – principalmente se você vive em uma grande metrópole. O uso de redes sociais, os mecanismos da publicidade e a linguagem da autoajuda são alguns dos temas explorados em poemas pelo mineiro – ora com desencanto, ora de maneira bem-humorada, ora cínica, mas sempre instigante.
AGOSTO – Redemoinho Em Dia Quente (Alfaguara)
Vencedor da edição 2019 do prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) na categoria Conto, Redemoinho em Dia Quente marca a estreia de Jarid Arraes no gênero. Na obra, a escritora, poeta e cordelista narra histórias de mulheres da região do Cariri, no Ceará (sua terra natal), oferecendo ao leitor uma combinação contundente de realismo, fantasia e crítica social.
SETEMBRO – Escravidão – Volume 1 (Globo Livros)
Esta obra aborda os primeiros 250 anos da violenta história de escravidão no Brasil – entre o início da captura de negros pelos portugueses na África até a morte do líder Zumbi dos Palmares no final do século 17. Trata-se do primeiro livro de uma trilogia que aborda o tema por meio de ensaios e reportagens de campo – resultado de 6 anos de pesquisas feita pelo jornalista.
OUTUBRO – Ideias Para Adiar o Fim do Mundo (Cia das Letras)
Esta é uma adaptação de duas conferências e uma entrevista concedidas em Portugal por Ailton Krenak – um dos principais pensadores indígenas do Brasil. A base do livro é uma crítica do autor em relação ao distanciamento assumido pela humanidade em torno da natureza – postura que culminaria no cenário socioambiental crítico no qual vivemos. Livro curtinho e leitura urgente.
NOVEMBRO – Os Testamentos (Rocco)
O regime de Gilead caiu ou não? Depois de 34 anos, a escritora canadense Margareth Atwood responde essa pergunta em Os Testamentos, continuação do livro O Conto da Aia – que voltou aos holofotes após o sucesso da premiada série homônima. Aqui, o leitor salta 15 anos após o final do primeiro livro e acompanha a nova distopia por meio de três narradoras mulheres.
DEZEMBRO – Memórias da Plantação (Cobogó)
O livro da Grada Kilomba, nascida em Lisboa e com raízes em Angola e São Tomé e Príncipe, foi o mais vendido da edição 2019 da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Nele, a autora com formação em psicologia, psicanálise e doutorado em Filosofia, na Alemanha, narra episódios de racismo cotidiano, propondo reflexões sobre as violências a que o negro ainda é exposto.
BÔNUS (caso queira substituir algum título) – Revolução das Plantas – Stefano Mancuso (Ubu)
Quantos sabem que os princípios ativos dos remédios são, em grande parte, de origem vegetal? Essa é uma das perguntas feitas por Stefano Mancuso no prefácio de Revolução das Plantas, livro no qual o cientista italiano defende – por meio de rigor técnico – que está nas plantas (e em toda a sua inteligência) a solução dos problemas que assolam a humanidade.