Fonte http://www.listasliterarias.com/2019/09/8-romances-sobre-censura-de-livros.html
8 Romances sobre a censura de livros
Aproveitando que o assunto ainda ferve, no post de hoje selecionamos 8 romances da literatura em que livros são censurados para além do sempre lembrado Fahrenheit 451. Confira:
1 – Fahrenheit 451, de Ray Bradbury: O romance essencial acerca da censura dos livros, da censura à própria inteligência humana. Nele o departamento de bombeiros existe para por fogo nos livros, afinal “queimar é um prazer”. Neste futuro [nem tão] distópico que resiste procura proteger os livros de todas as formas, inclusive decorando clássicos inteiros;
2 – Ninguém Nasce Herói, de Eric Novello: Recente distopia nacional que além de trazer um futuro teocrático e de perseguições ao público LGBTQI+ é fortemente impactado pela referência de Fahrenheit, pois aqui os livros também são proibidos;
3 – Incidente em Antares, de Érico Veríssimo: Tem um bom número de listas aqui no blog dizendo do quão eficiente pode ser a leitura desse livro como demonstração que o agora tem repetido [toscamente] nosso passado não muito distante. Romance de uma terra polarizada, como agora, os livros sofrem seus achaques, como as ameaças à publicação do Prof. Terra sobre a cidade. Dentre outras denúncias, o clássico “obra de comunista” como razão para levar a obra à fogueira;
4 – Não vai acontecer aqui, de Sinclair Lewis: Não duvido que esse romance distópico da década de 30 em que um populista se elege e instaura uma ditadura nos Estados Unidos possa ter sido uma das sementes de Fahrenheit 451. No romance, o avançar da tirania leva consequentemente á proibição de livros, uma sociedade em que ter uma estante passa a ser mais do que subversivo, criminoso. E assim como toda tirania, os primeiros a queimarem são os livros, na sequência vêm as pessoas;
5 – Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley: Distopia clássica lembrada pela produção industrial dos seres humanos, pelo controle por meio do hedonismo e do acúmulo de informação, mas nem sempre lembrada pelo fato de que em sua base, assim como na utopia a de Platão, os poetas [a literatura] também fora dispensada. Os livros também foram proibidos, de conhecimento apenas do Administrador Mundial, para desepero de John/Selvagem fascinado por Shakespeare;
6 – 1984, de George Orwell: Se não de forma tão marcada com eventos de queima de livros, mas com práticas massivas e danosas, pois que no regime do Grande Irmão literatura é proibida, claro, a não ser a produzida pela próprio Estado, destinada às massas, barata, fúteis e quase sempre ponográficas;
7 – A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak: Queimas de livros estão espalhadas mundo afora, mas certamente as fogueiras nazistas estão entre as mais lembradas. Este é o contexto desse romance que fez grande sucesso;
8 – Não Verás País Nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão: Distopia nacional de mão pesada, também traz cenários de livros proibidos: “Proibiram os livros, cassaram os cientistas, expulsaram os professores, prenderam os pensadores. Parece até complô de nível mundial” e nem que me matem eu digo com que se parece…