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Avião ucraniano pegou fogo antes de cair no Irã, aponta relatório

Fonte https://www.huffpostbrasil.com/entry/aviao-caiu-ira_br_5e170dcbc5b600960c608e01

Equipe de resgate atua no local de queda do avião da Ukraine International Airlines.

Relatório preliminar sobre a queda do Boeing ucraniano que caiu em Teerã na quarta-feira (8), matando as 176 pessoas a bordo, aponta que a aeronave pegou fogo antes de cair.

Os depoimentos a oficiais iranianos foram colhidos de testemunhas que do solo assistiram à queda do avião da Ukraine International Airlines e de passageiros em outros voos. 

Segundo o relatório, um problema técnico inespecífico foi detectado na aeronave logo após a decolagem. Ele desapareceu do radar a mais de 2.400 metros.

A tripulação não chegou a fazer contato com os controladores de voo para pedir socorro. O avião tentava retornar ao aeroporto de Imam Khomeini na hora do acidente, informa o documento.

O Boeing 737-800, a caminho de Kiev e transportando principalmente iranianos e iranianos-canadenses, caiu horas depois de o Irã lançar mísseis em bases que abrigam forças norte-americanas no Iraque, levando alguns a especular que o avião poderia ter sido atingido.

Mas cinco fontes de segurança — três norte-americanas, uma europeia e uma canadense — que pediram para não serem identificadas, disseram à Reuters que a avaliação inicial das agências de inteligência ocidentais é que o avião sofreu um mau funcionamento técnico e não foi derrubado por um míssil. Havia evidências de que um dos motores do jato superaqueceu, disse a fonte canadense.

Pertences dos passageiros são recolhidos próximo ao aeroporto de Imam Khomeini, em Teerã.

O acidente acontece em um momento difícil para a fabricante de aviões Boeing, que recolheu sua frota 737 MAX após dois acidentes. O 737-800 é um dos modelos mais usados no mundo, tem um bom histórico de segurança e não usa a ferramenta de software implicada em quedas do 737 MAX.

“Estamos em contato com nossos clientes de companhias aéreas e os apoiamos neste momento difícil. Estamos prontos para ajudar da maneira que for necessário”, afirmou a fabricante em comunicado divulgado nesta quarta-feira. A empresa se recusou a fazer mais comentários.

Em Paris, na quarta-feira de manhã, a fabricante dos motores do avião francesa-americana CFM ―de propriedade da General Electric Co e da francesa Safran― disse que as especulações sobre a causa da queda eram prematuras.

Entre as vítimas estavam 82 iranianos, 63 canadenses e 11 ucranianos, disseram autoridades ucranianas. A rota Teerã-Toronto via Kiev é popular entre os canadenses descendentes de iranianos que visitam o Irã, na ausência de voos diretos, e carregava muitos estudantes e acadêmicos voltando para casa após as férias. No aeroporto principal de Kiev, velas e flores foram colocadas ao lado de fotos dos tripulantes ucranianos mortos.

Esse foi o primeiro acidente fatal da companhia aérea Ukraine International Airlines, que tem sede em Kiev. A companhia disse que estava fazendo tudo o que era possível para confirmar a causa da queda.

A Ucrânia disse que estava enviando uma equipe de especialistas ao Irã para investigar.  Pelas regras internacionais, o Irã tem a responsabilidade de investigar a queda.

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