Fonte http://feedproxy.google.com/~r/OBlogDoGoogleBrasil/~3/quaa2eGs83M/coronavirus-como-google-ajuda.html
Este artigo tem como base um e-mail enviado por Sundar Pichai aos funcionários do Google em 6 de março
O coronavírus está se espalhando pelo mundo, e isso está causando diferentes impactos em todos os lugares afetados. Na Europa, América do Norte, Central e América Latina, as pessoas começam a viver o que os asiáticos vêm enfrentando há semanas.
O Google organizou uma equipe que trabalha 24 horas por dia, e está em contato permanente com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nossos líderes têm feito reuniões diárias para tomar decisões importantes sobre os escritórios da empresa em todos os países em que atuamos.
Este trabalho leva em consideração uma série de fatores baseados em informações científicas, como a orientação dos departamentos locais de saúde, avaliações sobre a transmissão da doença em cada comunidade e nossa capacidade de continuar tarefas essenciais e entregar produtos e serviços que as pessoas usam todos os dias. Também estamos aumentando a resistência da nossa operação e de nossos produtos, testando nossa capacidade de trabalhar remotamente. É importante considerar o que podemos fazer para ajudar diferentes regiões conforme realizamos essas mudanças.
Alguns escritórios do Google adotaram o home office para garantir que o trabalho não seja interrompido; outros estão funcionando normalmente. Diante disso, queremos assegurar que os fornecedores do Google – integrantes da equipe mais ampla de colaboradores, remunerados por hora e consequentemente afetados pela redução na carga de trabalho – sejam compensados pelas horas perdidas na atual conjuntura.
Este é um momento sem precedentes na nossa história, mas é importante encarar a situação com calma e responsabilidade, cientes de que muita gente conta conosco.
Todos os dias, as pessoas usam produtos do Google para obter ajuda: acessar informações importantes, manter a produtividade, ainda que trabalhando ou estudando remotamente, estar em contato com pessoas queridas que moram longe ou apenas para relaxar assistindo a um vídeo ou ouvindo música no fim de um dia cansativo.
A seguir, darei alguns exemplos do que estamos fazendo neste contexto excepcional. Conforme a situação em torno do coronavírus continua a evoluir, vamos pensar em mais maneiras de ajudar os usuários, parceiros, clientes e comunidades atendidos pelo Google.
Enquanto isso, pedimos a todos que cuidem de si próprios e daqueles que estão ao nosso redor.
Ajudando as pessoas a encontrar informações úteis
As pessoas estão consultando o Google em busca de informações sobre vacinas, orientações de viagem e dicas de prevenção. Só nos Estados Unidos, as buscas por “coronavírus cleaning advice” (conselhos sobre limpeza para coronavírus) aumentaram 1.700% na semana passada. Na Busca, temos um Alerta SOS que mostra aos usuários as notícias mais recentes, traz informações de segurança e links para fontes confiáveis, como a própria OMS.
Estamos trabalhando para ampliar os Painéis de Conhecimento sobre saúde, para que eles passem a incluir um painel específico sobre COVID-19 que auxilie pessoas em busca de informações sobre sintomas, prevenção e tratamento.
Na página inicial do YouTube, vamos direcionar os usuários para a página da OMS e outras fontes locais confiáveis, além de doar publicidade gratuita para governos e ONGs das regiões afetadas. Este espaço publicitário poderá ser usado para divulgar vídeos educativos e informativos. Em paralelo, o Google Maps continua destacando informações locais úteis e confiáveis.
Protegendo as pessoas contra desinformação
A equipe de Trust and Safety (Confiabilidade e Segurança) do Google vem trabalhando de forma incansável, em diversos de países, para proteger os usuários contra tentativas de phishing, teorias conspiratórias, malware e informações equivocadas. Estamos sempre atentos ao surgimento de novas ameaças.
No YouTube, os esforços se concentram em tirar do ar rapidamente qualquer tipo de conteúdo que promete curar o coronavírus sem a necessidade de tratamento médico. Além disso, nas últimas seis semanas o Google Ads removeu dezenas de milhares de propagandas que tentavam faturar com o coronavírus, e continuará impedindo a veiculação desses anúncios. O Google também ajuda a OMS e as agências de saúde de diferentes governos a exibir anúncios de interesse público.
Já o Google Play não permite que os desenvolvedores ganhem dinheiro com temas sensíveis, e a política do Google sobre conteúdo, estabelecida há anos, proíbe rigorosamente aplicativos enganosos ou possivelmente prejudiciais relacionados à saúde ou a tratamentos médicos.
Oferecendo produtividade para trabalhar e estudar remotamente
Num cenário que tem exigido trabalho e estudo remotos, funcionários, educadores e alunos estão usando produtos como Gmail, Agenda, Drive, Classroom, Hangouts Meet, Hangouts Chat e o G Suite para Educação. Um exemplo disso são as dezenas de milhares de alunos de Hong Kong e do Vietnã, onde as escolas tiveram de ser fechadas.
Esta semana anunciamos o acesso gratuito a recursos avançados de videoconferência do Hangouts Meet para todos os clientes globais do G Suite e G Suite for Education, até 1º de julho de 2020. Vamos acrescentar novos recursos, capazes de atender ao aumento na demanda por streaming ao vivo no YouTube. Temos percebido que o interesse por essas ferramentas aumentou nas regiões mais afetadas pela doença, onde as pessoas procuram conexões virtuais num momento em que os encontros pessoais estão prejudicados.
Apoiando esforços de ajuda humanitária e dos governos
O Google está oferecendo US$ 25 milhões em crédito para a OMS e agências governamentais exibirem publicidade de forma gratuita nas propriedades do Google. Ao longo do ano, esse valor será ampliado de acordo com a necessidade. O Google.org e os Googlers doaram mais de US$ 1 milhão para ajuda humanitária. Esses recursos serão direcionados a organizações que trabalham para recolher suprimentos médicos, garantir alojamento e alimentação para profissionais que prestam atendimento de saúde na linha de frente, apoiar a construção de hospitais temporários e ajudar nos esforços de recuperação a longo prazo.
Enquanto isso, o Google Cloud trabalha com autoridades federais, estaduais e municipais para facilitar o contato com cidadãos e viajantes que retornam das áreas afetadas. Um exemplo: em Cingapura, o Google Cloud trabalhou em parceria com o governo para implantar um chatbot no site das autoridades locais, que responde às perguntas mais comuns dos cidadãos. Graças ao programa Google Ad Grants de ajuda humanitária, estamos trabalhando ao lado de diferentes governos para ajudar a promover informações confiáveis sobre a COVID-19.
Promovendo a pesquisa científica em saúde
A DeepMind usou a mais nova versão do sistema AlphaFold para lançar previsões sobre a estrutura de várias proteínas associadas ao SARS-CoV-2 – vírus que causa a COVID-19. Esse trabalho é uma continuação do estudo sobre dobras proteicas publicado na revista Nature em janeiro. Embora ainda não tenham sido validadas por experimentos, as previsões de estruturas podem contribuir para a compreensão da comunidade científica sobre o funcionamento do vírus – e, consequentemente, para o desenvolvimento de tratamentos futuros.
Já a Verily está criando um pequeno adesivo que pode ser colado ao corpo para monitorar a temperatura do usuário. O adesivo transmite informações para um aplicativo em caso de febre, e auxilia no diagnóstico e no tratamento precoces em caso de infecção por gripe ou coronavírus. O adesivo é ainda mais importante para idosos, população que apresenta taxas mais altas de morbidade e mortalidade relacionadas a infecções virais.
Postado por Sundar Pichai, CEO do Google e Alphabet
