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Como trabalhamos com nossos parceiros de notícias

Fonte http://feedproxy.google.com/~r/OBlogDoGoogleBrasil/~3/dUwNI-xoU50/como-trabalhamos-com-nossos-parceiros.html

O Google sabe que o jornalismo de qualidade é importante: graças a ele, o mundo fica mais bem informado. A força do chamado “quarto poder” é indispensável para a sociedade e a democracia. A verdade, porém, é que o modelo de negócios que deu certo na imprensa durante 40 anos vem enfrentando desafios gigantescos nos dias de hoje. A internet mudou nosso jeito de acessar e consumir notícias, e trouxe novas fontes onde as pessoas podem encontrar desde classificados de empregos até críticas de cinema. Em face desse grande mercado de informações e serviços, a imprensa profissional estão tendo que se reinventar.

A missão do Google é tornar as informações acessíveis para qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. Por isso estamos investindo para apoiar não apenas a sobrevivência, mas o sucesso do bom jornalismo. Ao lado de outras empresas, governos e organizações da sociedade civil, estamos fazendo nossa parte para ajudar a criar um futuro melhor para o setor de notícias. Diante de alegações recentes e imprecisas sobre o trabalho do Google com a imprensa e sobre como compartilhamos e trocamos valor com veículos de notícias, decidimos que era importante esclarecer alguns pontos.

Para o Google, notícias confiáveis não têm um valor econômico, e sim um valor social.

O jornalismo de qualidade é fundamental para que as pessoas tenham acesso a informações confiáveis. Para nós, as notícias não têm um valor econômico, e sim o valor de informar e educar pessoas. Quase toda a nossa receita vem não de buscas sobre notícias, mas sim de buscas com intenções comerciais – como um usuário que escreve, por exemplo, “torradeira”, e clica num anúncio que oferece esse produto. O Google só recebe por anúncios na Busca quando alguém clica na propaganda.

Veículos e editoras são remunerados de forma justa e diversa.

Uma das principais maneiras de gerar valor para o setor de notícias é encaminhar os usuários para os sites dos veículos, em vez de manter as pessoas “presas” nos produtos do Google, como afirmam alguns equivocadamente. O Google manda usuários para sites de notícias 24 bilhões de vezes por mês. Com isso, veículos e editoras aumentam seu público e mostram anúncios e ofertas de assinatura a todas essas pessoas. Segundo cálculos feitos pela consultoria Deloitte, cada clique tem valor equivalente a entre 4 e 7 centavos de dólar para os veículos. 

Também investimos em tecnologias de anúncios que são usadas por milhares de editores e veículos em todo o mundo, para aumentar sua renda com publicidade digital. Analisamos dados sobre a receita dos 100 veículos de todo o mundo que têm maior retorno de mídia programática gerado pelo Google Ad Manager. Em média, descobrimos que as publicações ficam com mais de 95% da receita de publicidade digital trazida pelo Ad Manager para exibir propaganda no site de seus veículos.

Recentemente anunciamos um novo programa de licenciamento, criado para ajudar ainda mais as editoras, que vai pagar pelo conteúdo de um produto de notícias a ser lançado até o final deste ano. Esse projeto inclui pagar aos veículos para que o público tenha acesso a conteúdo protegido por paywall. Já assinamos parcerias com veículos da Alemanha, da Austrália e do Brasil – e estamos conversando com outras publicações para ampliar essa rede nas próximas semanas e meses.

Os veículos têm o controle.

As editoras de notícias têm diferentes maneiras de ampliar o público que consome seu conteúdo, e a Busca é apenas uma delas. Os veículos sempre puderam controlar se e como desejam aparecer no Google. Oferecemos configurações detalhadas, que permitem aproveitar ao máximo o valor obtido por meio da Busca e atingir objetivos de negócios. Um exemplo: a editora pode querer exibir um pequeno trecho da notícia no resultado da Busca, mas talvez não queira que esse trecho apareça em destaque no alto na página. E é possível informar ao Google que esse veículo deseja manter o trecho bem curtinho. Além disso, um veículo que queira mostrar apenas trechos de texto, mas não imagens (porque isso não ajudaria a atrair público, por exemplo), pode dizer ao Google para não usar imagens.

O Google respeita direitos autorais.

A Busca do Google evoluiu desde que surgiu pela primeira vez, mas uma coisa não mudou: a troca justa entre o Google e a web. O Google rastreia, indexa e faz a ligação com os sites nos resultados da Busca. Cada resultado inclui uma breve prévia do que esperar daquele site específico. Os sites obtêm tráfego gratuito vindo de usuários interessados no que a publicação oferece, e cada acesso representa uma oportunidade de criar uma relação de longo prazo com um novo leitor – e também de gerar receita, por meio de anúncios ou assinaturas.

Várias decisões judiciais proferidas ao longo de mais de uma década reconheceram que a busca é um uso justo, que respeita as leis americanas de direitos autorais (bem como legislações semelhantes de outros países). Essas decisões incluem resultados de busca com miniaturas de imagens, trechos de textos e até mesmo cópias digitalizadas de livros. O conceito de “uso justo” é fundamental para a criatividade e a inventividade nos Estados Unidos; graças a ele, as leis de direitos autorais são capazes de acompanhar as “rápidas mudanças tecnológicas” – e, de acordo com as decisões da Justiça, o uso justo respeita o objetivo fundamental desses direitos, que é “promover o avanço da ciência e das artes”.

Nossa tecnologia é criada para melhorar os produtos para usuários e para a internet como um todo. 

Há cinco anos, o tempo médio de espera para carregar uma página num navegador de aparelho móvel era de 19 segundos. A maioria dos usuários acabava desistindo, e ia navegar em outro lugar. Isso prejudicava as editoras, que perdiam oportunidades de criar ligações com leitores e gerar receita ao exibir anúncios. Diante desse problema, os veículos nos procuraram para ajudá-los a encontrar uma solução. Em vez de criar um formato que funcionasse apenas para o Google, unimos esforços com editoras e outras empresas de tecnologia para melhorar a experiência mobile para todos. Assim nasceu o projeto AMP – sigla em inglês para Páginas Móveis Aceleradas.

O AMP foi uma iniciativa colaborativa desde o início, e seguiu assim à medida que o projeto avançou – enfrentando tanto as oportunidades quanto os desafios, e buscando resolver as questões que surgiam pelo caminho.

Depois de receber informações de veículos que desejavam participar do recurso “Carrossel de Manchetes” na Busca do Google sem usar o AMP, anunciamos recentemente os sinais de desempenho de página. Com eles, qualquer conteúdo da internet que cumpra os requisitos poderá participar desse recurso – mantendo, ao mesmo tempo, a alta qualidade da experiência para o usuário.

Os visualizadores AMP e o AMP Cache foram projetadas para acelerar a entrega de conteúdo para o usuário – e não para coletar dados. A página cache do artigo do veículo de comunicação continua pertencendo integralmente ao veículo. E a capacidade da editora de coletar dados não é limitada. Todos os dados sobre uso vão para o veículo, e o AMP não reduz a receita da editora.

Embora o AMP tenha sempre sido um projeto open source, em 2018 ele adotou um novo modelo de governança. Recentemente, os líderes do projeto fizeram a transição para a OpenJS Foundation. Para mais informações sobre as origens e a história do projeto AMP, leia este texto.

Esperamos que as informações fornecidas acima contribuam para um debate construtivo sobre a evolução do setor de notícias, de modo que veículos e editoras possam enfrentar os desafios e atender às necessidades dos usuários num mundo cada vez mais digital. O Google quer participar do debate e ajudar a construir as soluções.
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