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Epstein, bilionário acusado de comandar rede de pedofilia, se suicida

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Jeffrey Epstein, o bilionário americano acusado de ter dirigido durante anos uma trama pedófila para explorar sexualmente menores, suicidou-se em sua cela numa prisão de Nova York. Há mais de duas semanas, Epstein, de 66 anos, foi achado inconsciente após tentar tirar a própria vida em outra ocasião. Repetiu a tentativa neste sábado. Segundo The New York Times, Epstein, que poderia pegar uma pena de até 45 anos de prisão, foi encontrado às 7h30 da manhã enforcado. 

O investidor nova-iorquino estava detido na mesma prisão de segurança máxima em que esteve enclausurado durante mais de dois anos o narcotraficante mexicano Joaquín El Chapo Guzmán, o Centro Correcional Metropolitano de Nova York. Segundo a ABC News, Epstein estava sob vigilância especial por risco de suicídio. Durante recente vista a um tribunal, os advogados de Epstein advertiram o juiz que supervisiona o caso de que seu cliente recebia ameaças e que temia por sua segurança. O magistrado negou a liberdade sob fiança até a realização do julgamento. Segundo argumentou, Epstein representava um perigo para a comunidade, além de existir elevado risco de fuga. 

No meio da confusão pelo incidente do mês passado, quando Epstein foi encontrado semi-inconsciente em sua cela, Lisa Bloom, uma advogada que representa várias vítimas do bilionário, deixou claro nas redes sociais que seus clientes “não desejam o suicídio” a ninguém, “nem sequer a um criminoso reincidente que enganou e feriu tantas mulheres”. Bloom desejou que Epstein seguisse com vida até o início do julgamento para que “enfrente a justiça e a responsabilidade por tudo o que fez”.

Epstein era amigo dos presidentes de EUA Donald Trump e Bill Clinton, mas no momento em que o bilionário foi acusado de recrutar crianças para atos sexuais, os dois líderes políticos trataram de se afastar dele. Trump, que faz anos se referiu a ele como “um sujeito estupendo”, agora sustentava que “não era admirador” do imputado. Clinton, por sua vez, que utilizou o avião de Epstein diversas vezes em função do trabalho da Fundação Clinton, anunciou num comunicado que se desvinculou do bilionário.

Foi na mansão que Epstein tinha na 9 East 71st Street de Nova York que supostamente os abusos foram cometidos, uma casa na qual o biilionário organizou em uma ocasião um jantar ao qual foram Clinton e Trump, além do empresário Leslie Wexner, dono entre outras da marca de Victoria’s Secret, e milionários como Mort Zuckerman e o cofundador de Google Sergey Brin. Na mansão, há fotos de Epstein com outras pessoas influentes como o diretor de cinema Woody Allen ou o príncipe saudita Mohammed bin Salmán. Epstein costumava alardear a “coleção” de amigos famosos que tinha.

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