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Bolsonaro demite secretário de imprensa uma semana após nomeação

Jornalista Paulo Fona afirma que foi pego de surpresa e que “esperava maior profissionalismo”

Jussara Soares

13/08/2019 – 21:30
/ Atualizado em 13/08/2019 – 21:48

O jornalista Paulo Fona será o novo secretário de imprensa do Planalto Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

BRASÍLIA — 

Uma semana após ser nomeado como Secretário de Imprensa da Presidência, o jornalista
Paulo Fona
foi demitido nesta terça-feira pelo presidente
Jair Bolsonaro
. Em nota divulgada nesta noite, Fona diz que decisão partiu de Bolsonaro e atrela a dispensa ao seu histórico profissional com passagens pelo MDB, PSDB e PSB. Este é o terceiro secretário de imprensa  a deixar o posto. A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

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“A decisão da minha exoneração pelo Presidente da República me pegou de surpresa. Fui convidado para assumir a Secretaria de Imprensa, alertei-os de meu histórico e minha postura profissional e a intenção de ajudar na melhoria do relacionamento com a mídia em geral. O desafio era imenso, sempre soube, mas esperava maior profissionalismo, o que não encontrei. Em todos os governos que passei de diferentes partidos – MDB, PSDB e PSB – sempre trabalhei com o objetivo de tornar a Comunicação mais ágil, eficiente e transparente e leal às propostas da gestão”, escreveu Fona, que foi contratado para fazer o relacionamento com jornalistas.

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Com quase 40 anos de carreira, Fona já foi secretário de comunicação e porta-voz de dois governos do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele também comandou a comunicação do governo Yeda Crusius (PSDB), no Rio Grande do Sul, e a campanha eleitoral do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para o Senado, em 2014.

“Construí minha carreira profissional com meus próprios méritos e defeitos. Obrigado a todos os jornalistas que me acolheram de maneira calorosa e esperançosa de que o relacionamento mudaria”, completou.

Fona chegou ao Planalto ocupar o cargo que havia sido deixado vago após o jornalista Fernando Diniz pedir exoneração em menos de um mês por divergências com o chefe da Secom, Fabio Wajngarten . O posto também havia ficado vago no começo do governo Bolsonaro, até ser ocupado pelo coronel do Exército Alexandre Lara, que foi nomeado em 20 de fevereiro e exonerado em maio.

O jornalista foi convidado oficialmente no final de julho por Wajngarten e pelo ministro Luiz Eduardo Ramos , da Secretaria de Governo, a qual está subordinada a Secom. Ele e o secretário já vinham conversando nas últimas semanas.  Fona relatou ainda que foi orientado pelo ministro a trabalhar de forma conjunta com o porta-voz, Otávio do Rêgo Barros.

Leia a nota na íntegra:

“A decisão da minha exoneração pelo Presidente da República me pegou de surpresa. Fui convidado para assumir a Secretaria de Imprensa, alertei-os de meu histórico e minha postura profissional e a intenção de ajudar na melhoria do relacionamento com a mídia em geral. O desafio era imenso, sempre soube, mas esperava maior profissionalismo, o que não encontrei. Em todos os governos que passei de diferentes partidos – MDB, PSDB e PSB – sempre trabalhei com o objetivo de tornar a Comunicação mais ágil, eficiente e transparente e leal às propostas da gestão.

Foi assim que aprendi a trabalhar ao longo de quase quatro décadas, nos principais veículos de comunicação do país e nas secretarias de Comunicação do Distrito Federal, por duas vezes, e do Rio Grande do Sul.

Com meu pai aprendi a respeitar as pessoas e os cargos públicos que me foram confiados.

Construí minha carreira profissional com meus próprios méritos e defeitos. Obrigado a todos os jornalistas que me acolheram de maneira calorosa e esperançosa de que o relacionamento mudaria.”

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