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10 Coisas sobre a experiência de escrever e autopublicar meu próprio livro

Fonte http://www.listasliterarias.com/2019/09/10-coisas-sobre-experiencia-de-escrever.html

Participo de um certo número de grupos de autores espalhados pelas redes sociais, e muitas são as perguntas sobre os diferentes meios e métodos de autopublicação de livros. Por isso hoje vou compartilhar minha recente experiência em autopublicar meu novo e recente livro [Venda exclusiva será aqui], Ópera de Tânatos, que desde a etapa primária até o resultado final do livro impresso foram realizados por mim. Claro esta é uma experiência pessoal, que poderá encontrar semelhanças, mas também diferenças, de autor para autor. Confira o post:
1 – Antes de mais nada, quem eu sou enquanto autor e o que espero da literatura: Uma coisa que aprendemos quando buscamos informações sobre o ofício de autor é que não existem receitas prontas, por isso será sempre relevante considerar quem eu sou e o que espero da literatura e o que eu posso além da escrita trabalhar na edição do livro. Isso porque, tratarei adiante, um livro como o é numa editora estabelecida, demanda muitas mãos e diferentes serviços. Então compartilhar a experiência pessoal com Ópera de Tânatos não é um caminho, apenas um partilhar que poderá ajudar numa ou noutra dúvida. Além disso, a outra questão é o que você espera da sua literatura. Aqueles que pensam em fama ou fortuna talvez seja melhor batalhar até ser publicado numa grande casa, mas se a ideia é publicar, bem, aí, dá pra se considerar a autopublicação, e mesmo nessa modalidade se verá que existem muitas diferenças;
2 – Autopublicações são diferentes: Há diferentes formas de se autopublicar. Eu mesmo publiquei meus livros anteriores [Morgan: o único e O Titereiro dos Mortos] por uma pequena editora cujo sistema era quase misto. Essas pequenas casas que publicam cobrando pouco ou nada e de baixas tiragens seguem na luta, mas já passaram por melhores momentos. Há ainda editoras que desenvolvem todo o projeto e cobram certo valor pelos serviços. Mesmo nesse ramo há diferentes métodos e práticas que demandarão certo investimento dos autores. Algumas são interessantes porque o serviço realizado [e necessário] são fundamentais, e ficam num patamar de investimentos viáveis. Algumas, contudo, é preciso superar a dezena dos milhares de reais para se auto publicar;
3 – O meu contexto: Para compartilhar minha experiência é preciso contextualizar. Como mostrarei adiante, no projeto de Ópera de Tânatos fui o responsável por todas as etapas da edição, entretanto, no meu caso pessoal, a graduação em letras ajudou-me na revisão [mas aqui há um risco, pois mesmo sendo um profissional das letras, é sempre recomendável a revisão de uma terceira pessoa. Quem lida com texto sabe que do graduado ao doutor escaparão pequenos detalhes]. Além disso, uma coisa que sempre recomendo é a leitura crítica do material, no meu caso, além da longa experiência de leitura e a formação focada nos estudos literários, alguns amigos me dão retorno acerca dos textos. Já um curso técnico de design gráfico no Senac solucionou questões que também gerarão custos a autores: o desenvolvimento de capa e diagramação do livro. Tais conhecimentos me ajudaram a economizar em muitas etapas da publicação [mas não deixaram de custar uma nota rsrs];
4 – Projeto Ópera de Tânatos: No caso do Ópera de Tânatos, por acreditar na trama e na dificuldade de publicar de forma semelhante aos livros anteriores e sem o recurso para uma edição autopublicada em tiragens maiores que demandassem maior investimento, optei por publicar o livro mantendo pequenas tiragens [esta primeira exemplares para colaboradores de uma campanha de crowdfunding e pré-venda] e um pequeno estoque inicial. Para tanto, sem editora, mas procurando entregar um produto o mais profissional possível, alguns investimentos [e muito trabalho] foram demandados;
5 – ISBN e cadastro como editor: Aqui mais uma vez a questão do que você pretende. Como no meu caso pensando em alguns projetos que ainda pretendo realizar no campo profissional futuramente, a opção foi de registrar-me como editor jundo à Biblioteca Nacional. Isso porque aos livros são obrigados a exibição do ISBN [além disso, há a questão profissional do projeto]. Esse foi meu maior investimento, contudo que será diluído em futuros projetos. Me cadastrei como pessoa física, mas poderá o autor conforme o projeto, quem sabe tornar-se um MEI e já requerer ISBN pessoa jurídica. Na minha experiência foi bem simples, bastou seguir os passos do sistema no site da Agência ISBN, e encaminhar o material solicitado. O cadastro saiu R$ 290,00, e o ISBN até que é barato e depois de cadastrado é só realizar novas solicitações pelo sistema;
6 – Selo Edições Reptilianas: Aí que nasceu a ideia de criar um selo para as minhas publicações pessoais, pois este livro será o primeiro de uma série de experiências que vêm por aí. A questão de um selo entra também naquela proposta de apresentarmos o mais profissionalmente nosso trabalho;
7 – Projeto gráfico e diagramação: A edição de livros é bastante complexa e envolve muitas etapas como disse. Houve todo o desenvolvimento de projeto gráfico e diagramação do livro. Nessa etapa muitas alterações durante o copidesque corrigindo e alterando pequenas coisas no texto. Essa é uma etapa em que via de regra, para autores que não tenham conhecimento nestas questões é fundamental a contratação de bons profissionais, tanto para o desenvolvimento de capa, quando a diagramação do livro;
8 – Gráfica e impressão: Realizadas as etapas de edição, para a impressão utilizei o sistema sob demanda da gráfica Jsholna [aqui]. Nesta primeira experiência prestaram um bom serviço, atenciosos e dando sempre retorno aos questionamentos. Além disso, o resultado final foi bastante satisfatório, como vocês podem observar pelas imagens. O livro além de bonito [a despeito de toda minha suspeição] ficou com preço bem adequado;
9 – Divulgação e venda: Outro desafio, cumpridas todas as exigência  é a divulgação e venda. Como o projeto é pequeno e procura alcançar minha rede de amigos, alguns leitores tudo está sendo feito exclusivamente pelas redes sociais e a venda exclusiva em meu site | A compra pode ser por boleto, cartão e saldo Pagseguro. Desse modo pretendo ir adequando e criando novas formas conforme o avanço do projeto;
10 – Compartilhando outras discussões sobre o tema: Neste post procurei partilhar um tanto genericamente a experiência pessoal. Se ela for útil de algum modo, ficarei feliz. Além disso, dúvidas pontuais, perguntas, façam pelos comentários que tentarei respondê-las. Abaixo ainda listo outros post interessantes aqui no blog sobre o assunto:


  

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