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hyper-recomendações #01

Fonte http://feedproxy.google.com/~r/lablogatorios/~3/0oEpGNegg44/

As últimas edições de O que andei vendo no Netflix em… ficaram cada vez mais curtas e menos regulares. Sinto que o formato — basicamente dicas de documentários no Netflix — se esgotou. Depois de cerca de dois anos, é hora de encerrar aquela série e dar início a outra. Nestas hyper-recomendações, vou fazer indicações de coisas que acho interessantes, sejam séries, documentários, filmes, animações e/ou animes, canais ou vídeos do YouTube, livros (inclusive infantis, já que trabalho numa biblioteca escolar) e qualquer outra coisa que eu ache que valha a pena. Não pretendo me comprometer com uma regularidade fixa (a próxima edição pode aparecer a cada semana ou mês, dependendo dos meus interesses e tempo). Sem mais delongas, vamos às primeiras hyper-recomendações.


Animações

O Gatola da Cartola tem de Tudo na Cachola [Netflix | 2012 | 1 temporada] — Inspirada na obra de Dr. Seuss (criador de Horton e o mundo dos Quem e Como o Grinch roubou o Natal), esta série de animação produzida no Canadá apresenta conceitos de Ciências da Natureza em aventuras protagonizadas pelas crianças Sally e Nick e o Gatola da Cartola, um bichano mágico que costuma falar de modo rimado e sempre aparece na sua Geringon-gonça, uma colorida máquina voadora. Cada episódio (cerca de 20 min) traz duas aventuras que ensinam com muita música e diversão conceitos como a fabricação do mel, a estratificação da fauna nas copas das florestas tropicais e a comunicação por canto das baleias. Destaque para as ilustrações, em estilo fiel ao dos livros de Theodor Seuss Gaisel e o excelente trabalho de dublagem das rimas do Gatola, em sincronia perfeita com as legendas, o que pode ser útil para fazer os pequenos aprender a ler na tela.


Irmão do Jorel [Netflix | 2016 | 2 temporadas] — Premiada internacionalmente, esta produção brasileira é uma criação original de Juliano Enrico (da websérie Choque de Cultura, que talvez mereça uma resenha à parte futuramente). O protagonista, um menino de cabelo encaracolado que vive de regata preta, bermuda vermelha e botinhas amarelas, é conhecido apenas como Irmão do Jorel. Tal como em Chaves, seu nome quase é revelado em algumas ocasiões, mas acaba sendo omitido por alguma intromissão de outro personagem. Caçula de uma família formada por Seu Edson (um ator desempregado), D. Danuza (professora de dança), Jorel (galã da comunidade, com cabelos esvoaçantes e comportamento impecável) e Nico (rapaz burro e feioso), o irmão do Jorel é um menino tímido mas muito imaginativo. Sempre às voltas com os valentões da escola, educadores repressivos, as pressões da publicidade e uma paixonite pela angelical Ana Catarina, o irmão do Jorel costuma se meter em aventuras absurdas, geralmente em companhia da molecota Lara e das avós, Juju (entusiasta do abacate) e Gigi (viciada em televisão). Seu herói, Steve Magal, é uma versão caricata dos machões do cinema dos anos 1980, como Jean-Claude Van Dame e Sylvester Stallone. Já Gesonel, um pato mestre dos disfarces, é uma referência aos ninjas camuflados dos velhos filmes de ação do Extremo Oriente. Embora tenha fãs de todas as idades (e às vezes seja vista como animação para adultos), Irmão do Jorel pode ser interessante para as turmas mais velhas do Ensino Fundamental para trabalhar questões como criatividade, educação, bullying, identidade ou simplesmente por ser divertido.


Literatura Infanto-Juvenil

O Prato Azul-pombinho [Cora Coralina | ilustrações de Angela Lago | Editora Global] — Toda família  tem algum tesouro guardado há gerações, que inspira memórias e histórias. Mas o que acontece quando um tesouro como uma louça de origem chinesa, a última peça de uma grande coleção, acaba sendo destruído pelas mãos de uma criança? Aqui, narram-se as lembranças evocadas por uma bisavó de Goiás e suas histórias inspiradas pela relíquia oriental. Em paralelo com uma “estória minuciosa, comprida detalhada, sentimental”, a narradora recorda a trajetória secular da peça e uma acusação injusta depois que ela aparece misteriosamente em pedaços. Condenada, como se dizia na época, a uma “tunda de chineladas”, a menina tem a pena comutada por intervenção da avó e passa a ser obrigada a carregar para sempre um colar com um caco do prato azul-pombinho. Narrativa rimada tocante, boa para discutir conceitos como família e memória, pode ser uma boa leitura para avós e netos.


Aplicativos

Radio Garden [Android | Iphone] — Ouvir rádio pode ser legal mas tem suas limitações: cada estação tem um alcance determinado por fatores técnicos e geográficos, como a potência do transmissor, o relevo das vizinhanças ou mesmo a curvatura da Terra. É por isso que, no interior de SP, você não consegue sintonizar rádios da capital, muito menos de Belém do Pará, Lisboa, Paris ou qualquer cidade de outro continente. Muitas rádios contornam esse limite com transmissões via internet, mas buscar e trocar de estação on-line é trabalhoso, pois é necessário lembrar de cada endereço de cada rádio. O Radio Garden (literalmente, Jardim de Rádio) simplifica isso ao funcionar como um receptor universal, que também pode ser acessado diretamente do navegador. Basta uma conexão à internet para girar um globo virtual repleto de pontinhos: cada ponto é uma emissora de determinada cidade ou região. É possível dar zoom e escolher entre uma das rádios quando o local tiver diversas emissoras. Também é possível deixar que o app escolha uma estação qualquer do mundo por acaso e descobrir o que está sendo ouvido no outro lado do planeta.


Pinterest [Android | Iphone] — Sabe quando você precisa de uma imagem, mas a busca do Google não é muito precisa e você não tem muita memória no celular? O Pinterest te permite criar uma espécie de museu visual e individual, com base nos seus interesses e buscas. Sempre que encontrar algo interessante, bonito ou potencialmente útil, você pode pinar, isto é, salvar a foto (ou infográfico, mapa, capas e trechos de livros, cartazes publicitários, plantas de casas, etc) numa pasta específica, que pode ser organizada em subpastas. Suas coleções ficam armazenadas na sua conta (que pode ser criada via Facebook ou Google), sem pesar na memória do seu aparelho. Se precisar, você pode baixar alguma imagem que recolheu. Além dos interesses, é possível seguir as pastas ou perfis de outras pessoas ou publicações digitais, como blogs e revistas. Bom para buscar inspirações e como passatempo, permite criar coleções como a de selos, moedas antigas ou obras de arte sem ter que se preocupar com coisas como espaço, tempo ou dinheiro. A versão desktop do Pinterest, acessível via navegador, traz vantagens como recomendações de pastas para cada foto salva, definição de capas para as pastas e pode ser complementada por um add-on para acrescentar imagens encontrada em qualquer lugar da web.

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