O Petisco da Vila fechou as portas no último fim de semana.
A nota publicada na quarta-feira (8) no Facebook do bar tradicional de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, atém-se elegantemente aos fatos, sem politização, mas é um retrato preciso de um país e de um estado arruinados pelos efeitos hoje sentidos dos governos de Lula e Dilma Rousseff, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.
O autor do texto é Amadeu Souza, filho do fundador Manoelzinho. Os grifos nas razões – e a divisão dos parágrafos – são meus.
Por favor, leia:
“NOTA DE ESCLARECIMENTO À IMPRENSA E AO PÚBLICO EM GERAL
É com grande pesar que comunicamos à imprensa e ao público em geral, especialmente aos moradores de Vila Isabel e demais clientes, o encerramento das atividades deste estabelecimento. Inaugurado em 1973, ou seja, há mais de 44 anos, tivemos momentos de glória, eis que por muito tempo figuramos como a casa que mais vendia chopp no Brasil, além de ter sido reduto do samba e da boemia. Mas ao longo deste tempo também enfrentamos e superamos desafios.
Mas agora fomos vencidos.
A violência tem afastado as pessoas das ruas, especialmente à noite, horário em que outrora havia grande movimento. O Maracanã, que também trazia grande público nos dias de jogos, há muito está inativo. O mesmo acontece com a UERJ e o Hospital Pedro Ernesto, cujas greves freqüentes afastam o público consumidor.
A desaceleração da economia, agravada pela grave crise do nosso Estado, o desemprego, o aumento dos impostos e das obrigações sociais, enfim, este todo não deixou outra alternativa senão cerrar as portas em momento que ainda permita a empresa honrar todos os seus compromissos com funcionários, fornecedores e tributos.
O nosso muito obrigado a todos que nos prestigiaram ao longo de quase 50 anos.
Atenciosamente,
Petisco da Vila.”
Como isto aconteceu? Resumi o assunto em vídeo de novembro na TVeja.
Assista.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil