Fonte https://nacoesunidas.org/astro-de-game-of-thrones-viaja-com-pnud-a-amazonia-peruana/

O astro de “Game of Thrones” e embaixador da Boa Vontade do PNUD, Nikolaj Coster-Waldau, em visita à floresta amazônica peruana. Foto: PNUD/Leonardo Fernandez para a Getty Images
O astro da série “Game of Thrones” e embaixador da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Nikolaj Coster-Waldau, retornou recentemente da floresta amazônica peruana, para onde viajou acompanhado da agência da ONU com o objetivo de descobrir as causas e os impactos dos incêndios florestais. A missão também visou compreender os efeitos das mudanças climáticas nas comunidades locais.
“Quando vi aquelas imagens da Amazônia pegando fogo, me senti, como todo o mundo, chocado, impotente e com raiva. Não fazia sentido para mim”, disse Coster-Waldau. “Por isso, quis ir ao Peru e descobrir por que a Amazônia está pegando fogo”.
O ator dinamarquês descobriu que o desmatamento na Amazônia peruana, ao qual os incêndios são atribuídos, pode estar relacionado às desigualdades econômicas e sociais das comunidades que vivem nessa região.
As comunidades indígenas e locais desempenham um papel primordial na proteção da floresta amazônica, que cobre mais de 60% da área do Peru e é fundamental para o planeta por deter cerca de 20% das águas fluviais da Terra. No entanto, na Amazônia peruana, muitas dessas comunidades enfrentam altos níveis de pobreza e desigualdade e não têm acesso a infraestrutura e recursos básicos. Há pequenas aldeias agrícolas ou de pescadores, cujos moradores vivem fora da floresta e geralmente dependem do desmatamento de seus lotes de terra para cultivar alimentos e se sustentar.
“O que descobri, quando viajei ao Peru, foi que os incêndios na Amazônia e o desmatamento são incrivelmente complexos. Mas, no seu cerne, está a desigualdade social”, afirmou Coster-Waldau.
“Conheci comunidades indígenas, e elas explicaram o terrível dilema que enfrentam: são agricultores. Eles precisam cultivar, não para ter lucro, mas apenas para alimentar suas famílias”, disse o ator. “Essas comunidades frequentemente vivem em extrema pobreza e têm uma escolha impossível: são os guardiões da Amazônia, mas também têm pouca opção, a não ser limpar partes dela e plantar para sobreviver.”
“Os problemas que as comunidades indígenas enfrentam na Amazônia são uma janela para observar não apenas os impactos da mudança global do clima, que se intensificou nos últimos 20 anos, mas também uma de suas maiores causas: a desigualdade social”, afirmou. “Se não abordarmos a desigualdade em escala global, não conseguiremos corrigir a mudança global do clima. É complexo, mas há esperança. Temos os recursos, temos a tecnologia. Só precisamos agir. Precisamos nos unir como indivíduos, como comunidades, como nações. E, se fizermos isso, poderemos solucionar o problema.”
“Os desafios do desenvolvimento são complexos e, no Peru, lar da segunda maior fração da floresta amazônica, precisamos buscar soluções integradas que garantam que comunidades vulneráveis possam acelerar o progresso em direção à igualdade e à resiliência à mudança global do clima”, disse a representante-residente do PNUD no Peru, Maria del Carmen Sacasa.
O PNUD apoia o governo, o setor privado e as comunidades em seus esforços para reduzir o desmatamento e combater a mudança do clima na Amazônia peruana. Alinhados à estrutura política nacional do Peru, o PNUD e seus parceiros lidam com a raiz das causas da degradação ambiental por meio do apoio à governança inclusiva, fornecendo assistência técnica para estimular o crescimento econômico sustentável e os meios de subsistência à prova do clima, facilitando parcerias com diversas partes interessadas para aliar finanças públicas e privadas e apoiar o desenvolvimento sustentável.