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Atriz de 'Família Soprano' diz que Harvey Weinstein a manteve presa durante estupro

Fonte https://www.huffpostbrasil.com/entry/harvey-weinstein-annabella_br_5e2a1b57c5b67d8874aefc4b

Annabella Sciorra, durante julgamento de Harvey Weinstein, nesta quinta (23), em Nova York.

A atriz italiana Annabella Sciorra afirmou, em depoimento, que o ex-magnata de Hollywood, Harvey Weinstein colocou as mãos dela atrás da cabeça e a estuprou violentamente há mais de 25 anos em seu apartamento. Declaração foi dada durante sessão do julgamento de Weinstein, nesta quinta-feira (23).

“Ele teve relações sexuais comigo enquanto eu tentava lutar contra ele, mas eu não podia mais lutar porque ele manteve minhas mãos presas”, disse ela ao júri composto por sete homens e cinco mulheres, na Suprema Corte de Nova York.

No momento da fala de Sciorra, Weinstein, sentado à mesa de defesa, ficava principalmente olhando para baixo, afirma a Reuters.

As atrizes Ellen Barkin, Mira Sorvino e Rosanna Arquette enviaram mensagens de apoio no Twitter para Sciorra, que ficou conhecida por seu papel em Família Soprano, da HBO. Barkin estava no tribunal.

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O depoimento de Sciorra é significativo para a acusação de Weinstein. Inicialmente, o julgamento estava previsto para acontecer em setembro de 2019, mas foi adiado após a atriz entrar como testemunha no caso. Em artigo publicado na New Yorker, Sciorra acusa Weinstein de tê-la estuprado em sua própria casa, no ano de 1993.

O julgamento, que teve início no dia 6 de janeiro, acontece mais de dois anos após a explosão do escândalo que resultou no movimento de mulheres entitulado #MeToo (Eu também, em tradução para o português). Denúncias expuseram dezenas de crimes sexuais não só de Weinstein, mas de outros poderosos e mudou a forma como o assédio é entendido no universo do entretenimento ― e no mundo do trabalho.

À época, mais de 80 mulheres, incluindo atrizes consagradas como Angelina Jolie, Mira Sorvino, Asia Argento e Gwyneth Paltrow, denunciaram o ex-produtor por assédio, agressão sexual, e estupro. O caso veio à tona em outubro de 2017 quando reportagens publicadas no jornal “The New York Times” e na revista “The New Yorker”, denunciaram o escândalo sexual.

Mesmo com a gravidade e proporção do caso, Weinstein será julgado apenas por dois casos mais recentes ― considerando que os demais crimes, cometidos entre os anos 80 e 90, já prescreveram. A sentença, que pode chegar a 20 anos de prisão ou até a prisão perpétua, pode demorar cerca de dois meses para ser dada.

Mimi Haleyi, ex-assistente de produção de Weinstein, alega que, em julho de 2006, o fundador da Miramax fez sexo oral nela sem seu consentimento. A segunda vítima, que não teve sua identidade revelada, alega que, em março de 2013, foi estuprada pelo ex-produtor em um quarto de hotel em Nova York. 

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