Fonte https://br.noticias.yahoo.com/china-confirma-mais-quatro-casos-005300014.html
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As autoridades chinesas confirmaram neste sábado (18) mais quatro casos de infecção por um vírus de origem desconhecida, elevando o número total de pacientes infectados no país a 45. No entanto, cientistas que analisam o impacto do surto temem que o número de casos da doença respiratória seja muito maior do que o divulgado por Pequim. Integrantes do centro de pesquisas na Imperial College de Londres, que assessora instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS), apontaram em um estudo que pode haver ao menos 1.723 pessoas infectadas, e que esta cifra é muito mais provável do que os 45 casos anunciados até agora. O relatório leva em conta toda a informação disponível até 12 de janeiro. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores partiram da quantidade de casos detectados até agora fora da China –dois na Tailândia e um no Japão– para deduzir o provável número de pessoas infectadas em Wuhan, segundo dados de voos internacionais que saem daquela cidade. Um chinês de 69 anos morreu na quarta-feira (15) em Wuhan, cidade de 11 milhões de pessoas localizada no centro da China, onde todos as ocorrências chinesas foram contabilizadas desde o dezembro, informou a Comissão Municipal de Higiene e Saúde. Outro chinês de 61 anos já havia morrido na semana passada. O quadro atual alimenta os temores de ressurgimento de um vírus altamente contagioso como o da Sars, que provocou a morte de cerca de 650 pessoas na China continental e em Hong Kong entre 2002 e 2003. Neste caso, trata-se de um novo tipo de coronavírus, uma família com uma grande quantidade de vírus. A investigação das autoridades chinesas constatou que vários dos pacientes internados trabalhavam em um mercado atacadista da cidade especializado em frutos do mar e peixes. A preocupação já é perceptível fora da China. Os Estados Unidos anunciaram na sexta (17) que passariam a monitorar viajantes de Wuhan nos aeroportos de San Francisco e Nova York, que recebem voos diretos, bem como de Los Angeles, onde há conexões aéreas. Os passageiros serão examinados por equipes médicas. No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que não há registros de casos da chamada Pneumonia Indeterminada no país e que monitora a situação. Ainda não há informações suficientes para determinar o risco de surto da doença, segundo a pasta.