Fonte https://gizmodo.uol.com.br/chrome-bloqueio-propagandas-pesadas/
O Google anunciou nesta quinta-feira (14) que seu navegador, o Chrome, vai começar a bloquear propagandas pesadas no fim de agosto. A empresa diz que o objetivo é impedir que elas acabem com a bateria dos seus aparelhos e com a sua internet.
Os limites são bem definidos: no máximo 4 MB de tamanho, 15 segundos de uso de CPU em um período de 30 segundos e 60 segundos de uso de CPU no total. Segundo o Google, só 0,3% dos anúncios ficam acima disso, mas o prejuízo deles é enorme. Eles correspondem a 27% da bateria e a 28% da rede usada por propagandas.
No lugar do anúncio, aparecerá um ícone e uma mensagem dizendo que ele foi removido, assim:
Imagem: Google
Em um post no blog do projeto Chromium, o gerente de produto do Chrome, Marshall Vale, disse que esses anúncios são programados de um jeito precário e não recebem otimizações para usar menos a rede. Por isso, causam prejuízos inclusive financeiros para os usuários, como gastar o plano de dados, acabar com a bateria dos aparelhos ou saturar uma rede já congestionada.
A briga do Chrome com propagandas problemáticas já vem de anos. Em 2017, começaram a surgir informações de que o navegador iria ganhar um bloqueador de anúncios próprio. Não chegou ao ponto de ser um Adblock da vida, mas propagandas mais invasivas pararam de ser exibidas, além de outros recursos direcionados a anúncios, como bloqueio da reprodução automática de som em vídeos.
Essas medidas do Google têm também um objetivo comercial: com menos propagandas chatas nos sites, menos pessoas recorrerão a extensões para bloquear anúncios — que, inclusive, também estão na mira — e a empresa consegue alcançar um público maior.
Por outro lado, elas levantam certa preocupação. O Google faz o navegador mais usado e também é líder no mercado de propaganda online. Se ele tem poder para definir quais anúncios serão bloqueados ou permitidos, ele pode vir a ter uma vantagem sobre seus concorrentes no negócio da publicidade.
Neste caso, porém, é difícil não apoiar a medida. Os usuários, as baterias e as contas de telefone agradecem.
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