Fonte https://gizmodo.uol.com.br/filmes-nacionais-bons/
Os filmes nacionais evoluíram muito. Não se limita mais ao gênero de comédia pastelão. Há grandes produções, com carga emocional expressiva, roteiros belos e sutis e fotografia de primeiro escalão. É verdade que ainda existe uma barreira que precisa ser ultrapassada, mas a cena está caminhando a passos largos para se tornar referência não só em solo nacional, mas como internacionalmente.
Pensando nisso, em parceria com o Telecine, separamos algumas indicações para você que gosta de consumir cinema nacional. Confira!
Central do Brasil
Dora trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda que a escrivã não envie todas as cartas que escreve – as cartas que considera inúteis ou fantasiosas demais -, ela decide ajudar um menino a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste.
Central do Brasil tem a simplicidade dos grandes filmes. Tem um início que impressiona e prende a atenção do espectador. Quando se dá conta, o filme está caminhando para seu final e, neste meio-tempo, já rimos, choramos e torcemos para cada um dos personagens.
Que Horas ela Volta
A pernambucana Val se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.
A Val de Regina Casé é mais do que uma personagem, mas um símbolo de uma época, de uma dinâmica que continua sendo perpetuada pela classe média alta. É mais velha e mais experiente, mas respeitosamente chama a jovem patroa de “dona” e “senhora”. É “quase da família”, mas seus patrões não sabem sequer o nome de sua filha e mal parecem escutá-la quando tenta discutir algo pessoal. Sua filha Jéssica, em contraposição, interpretada por Camila Márdila, é o retrato de um Brasil que mudou muito e rápido e no qual “a filha da empregada” passou a sonhar com algo mais do que simplesmente ser indicada pelos patrões da mãe para trabalhar na casa de alguma família amiga.
Mate-me por favor
Na região da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a rotina de Bia e de seu irmão João é alterada por uma série de assassinatos sombrios. Este caso acaba ilustrando alguns dos principais problemas enfrentados pela juventude contemporânea.
Não há adultos em cena, apenas garotos e garotas com seus anseios, vontades e contradições, sensações mediadas pela iminência de algo ruim que não sabemos se sobrenatural ou simplesmente fruto de uma mente doentia. O suspense é um dos combustíveis deste filme, no qual mergulhamos nos pormenores do encadeamento das situações.
Gabriel e a montanha
Depois de visitar quase 30 países com o objetivo de se preparar para um estudo envolvendo políticas públicas voltadas para nações pobres, Gabriel Buchmann decidiu subir até o pico de uma montanha no Maláui como última etapa de sua jornada – e dezessete dias depois de dispensar o guia no meio do percurso e desaparecer, foi encontrado morto por dois moradores locais. Agora, seus últimos 70 dias de vida são recriados pelo diretor Fellipe Barbosa, que foi seu amigo de juventude.
O protagonista é um jovem repleto de empatia e que, justamente por demonstrar respeito e interesse pelas pessoas que encontra, fugindo de qualquer experiência como mero turista. No entanto, o diretor não comete o erro de beatificar o amigo-convertido-em-personagem, que também acaba se apresentando como um sujeito que às vezes se comporta de forma egoísta e mesmo machista.
O filme da minha vida
O jovem Tony decide retornar a sua cidade natal, Remanso, na Serra Gaúcha. Ao chegar, ele descobre que Nicolas, seu pai, voltou para França alegando sentir falta dos amigos e do país de origem. Tony acaba tornando-se professor e se vê em meio aos conflitos da imaturidade e emancipação da vida.
Vale ressaltar o belíssimo visual, que dá orgulho da fotografia do cinema brasileiro, e a trilha sonora, que some em momentos mais tristes, mas aparece de forma marcante quando necessário.
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