A produção industrial cresceu 7% no Brasil, em maio com relação ao mês de abril de 2020, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (2). O aumento, no entanto, não cobriu o recuo de 26,3% acumulado entre os meses de março a abril, o que reflete os impactos das medidas de isolamento social durante a pandemia de covid-19.
De acordo com o IBGE, dessa forma, o setor atingiu o segundo patamar mais baixo desde o início da série histórica da PIM. O primeiro patamar de maior retração foi em abril, quando a indústria recuou 18,8% com relação ao mês de março – a pior comparação entre os meses da série histórica, cujo início foi em janeiro de 2002 –, e 27,2% em relação a abril de 2019.
Em relação a maio de 2019, os dados divulgados nesta quinta-feira apresentaram uma queda de 21,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, a retração foi de 5,4%, o maior recuo desde de dezembro de 2016, quando foi registrado -6,4%.
Segundo o instituto, 20 dos 26 ramos pesquisados participaram do crescimento. O aumento mais expressivo se deu no setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, de 244,4%. Ainda assim, está 72,8% abaixo do patamar alcançado em fevereiro, antes do início da pandemia.
Outros setores que entraram no destaque do IBGE foram de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%), que voltou a crescer depois de acumular perda de 20,0% em três meses consecutivos, e bebidas (65,6%), que cobriu parte do recuo de 49,6% acumulado entre os meses de março e abril deste ano.