Fonte http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1494
Quando as tropas de Mao Tsé-Tung
invadiam um vilarejo, elas capturavam os ricos. Em seguida, elas ofereciam a devolução das
vítimas em troca de dinheiro. As vítimas
eram libertadas quando o pagamento fosse efetuado. Mais tarde, o governo voltava a sequestrar
essas mesmas pessoas, só que desta vez exigindo armas como resgate. Ato contínuo, assim que as armas eram
entregues, as vítimas eram libertadas.
Essa mudança de postura — exigir armas em vez de dinheiro — fez com
que a negociação parecesse razoável para as famílias das próximas vítimas. Porém, tão logo o governo se apossou de todas
as armas de uma comunidade, os aprisionamentos e as execuções em massa
começaram.
Em sua obra Tragedy
and Hope (1966), Carroll Quigley argumenta que a Revolução Americana foi bem sucedida
porque os americanos possuíam armas de poder de fogo comparável àquelas em
posse das tropas britânicas. Foi
exatamente por isso, disse ele, que houve toda uma série de revoltas contra
governos despóticos em todo o século XVIII. Tão logo as armas em
posse do governo se tornaram superiores, os movimentos e manifestações em prol
da redução do tamanho do estado deixaram de ter o mesmo êxito que haviam tido
nos séculos anteriores.
Há uma razão por que os
governos são tão empenhados em desarmar seus cidadãos: eles querem manter seu
monopólio da violência a todo custo. A
ideia de haver cidadãos armados é apavorante para a maioria dos políticos. Afinal, para que serve um monopólio se ele
não pode ser exercido? Cidadãos armados
impõem um limite natural à tirania do estado.