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Governador Wilson Witzel é citado por ex-secretário de Saúde do RJ em delação

Fonte https://www.brasildefato.com.br/2020/07/14/governador-wilson-witzel-e-citado-por-ex-secretario-de-saude-do-rj-em-delacao

O ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, entregou provas à Procuradoria-Geral da República (PGR) que relacionam o governador, Wilson Witzel (PSC), ao esquema de corrupção que desviou R$ 37 milhões na pasta com a aquisição de equipamentos hospitalares, segundo a coluna Radar, da revista “Veja”.

Edmar Santos foi preso na última sexta-feira (10) em uma operação do Ministério Público do estado e da Polícia Civil. Na ocasião, o MP apreendeu o montante de 8,5 milhões em reais, dólares, euros e libras esterlinas. Mas na última segunda-feira (13) a PGR enviou ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, um pedido de soltura do ex-secretário. A PGR alega que a investigação “Mercadores do Caos”, do MP-RJ, é similar à “Operação Placebo”, que ela conduz.

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Segundo a revista, a PGR afirmou no pedido ao STJ que a possível fraude na compra de respiradores para combate à pandemia da covid-19 é exatamente um dos fatos investigados pela Placebo e que a competição para processar é do STJ, e não da justiça de primeira instância. O relator da investigação no STJ é o ministro Benedito Gonçalves, mas o pedido foi dirigido ao presidente da Corte em razão do recesso judiciário até o próximo dia 31.

Em maio, a “Operação Placebo” foi responsável pela prisão do ex-subsecretário estadual de saúde Gabriell Neves e do empresário Mário Peixoto, que mantinha contratos com o governo do estado e é um nome presente nos acordos de prestação de serviço desde os governos de Sérgio Cabral (MDB), atualmente preso em Bangu 8.

As investigações e prisões de nomes ligados ao governo de Witzel motivaram deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a apresentarem um pedido de impeachment do governador do estado. No início de junho, o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), autorizou a abertura da investigação, que segue em curso na Comissão Especial formada por 25 parlamentares.

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