Fonte http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1518
determinado pela classe social do pensador. O que o pensamento produz não é a verdade, mas
apenas “ideologias”. Esta
palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos
interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador. Por conseguinte, seria inútil discutir
qualquer coisa com pessoas de outra classe social. Não seria necessário refutar ideologias por
meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas,
denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não
discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem
“burguesa” dos cientistas.
Os
marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos
lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica “burguesa”;
tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as
que demonstram a
impraticabilidade do socialismo. Dado que não conseguiram demonstrar
racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus
adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos. O sucesso deste estratagema marxista foi sem
precedentes. Ele tornou-se uma blindagem
contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia
marxistas. Ele fez com que todas as
críticas racionais ao marxismo fossem inócuas. Foi
justamente por causa dos truques do polilogismo que o estatismo conseguiu
ganhar força no pensamento moderno.