A comunidade internacional lembra nesta quarta-feira (2) o Dia Internacional da Não Violência, que este ano coincidiu com o 150º aniversário de nascimento do ícone da paz global que levou a Índia à independência, Mahatma Gandhi.
“Sua visão continua a ressoar em todo o mundo, inclusive através do trabalho das Nações Unidas para compreensão mútua, igualdade, desenvolvimento sustentável, empoderamento dos jovens e solução pacífica de disputas”, afirmou o secretário-geral António Guterres em sua mensagem para o dia.
“Nos tempos turbulentos de hoje”, continuou ele, “a violência assume muitas formas: do impacto destrutivo da emergência climática à devastação causada pelo conflito armado; das indignidades da pobreza e injustiça das violações dos direitos humanos aos efeitos brutalizantes do discurso de ódio.”
Além disso, o chefe da ONU apontou que, tanto on-line quanto off-line, “ouvimos uma retórica repugnante dirigida a minorias e qualquer um considerado o ‘outro’”. Para enfrentar esse crescente desafio, as Nações Unidas lançaram duas iniciativas urgentes.
A primeira é um plano de ação global contra o discurso de ódio e a segunda é um plano em benefício dos Estados-membros para proteger locais religiosos.
“Na semana passada, fiz uma chamada global por uma década de ação para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nosso roteiro para longe da violência e em direção à paz, prosperidade e dignidade em um planeta saudável”, disse Guterres.
Ele lembrou que antes de seu assassinato em janeiro de 1948, após a sangrenta divisão da Índia no ano anterior, Gandhi destacava constantemente “a lacuna entre o que fazemos e o que somos capazes de fazer”.
“Neste dia internacional, exorto todos e cada um de nós a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para superar essa divisão, enquanto nos esforçamos para construir um futuro melhor para todos”, concluiu o secretário-geral da ONU.
Em 2007, a Assembleia Geral estabeleceu a data, marcada anualmente em 2 de outubro, para “disseminar a mensagem de não violência, inclusive através da educação e conscientização pública” e reafirmar o desejo “de garantir uma cultura de paz, tolerância, compreensão e não violência “.
As três principais categorias de ação não violenta são protestos e persuasão, incluindo marchas e vigílias; não cooperação; e intervenção não violenta, como bloqueios e ocupações, de acordo com as Nações Unidas.