A Opep quer prorrogar seus atuais cortes na produção de petróleo ao menos até junho, com a possibilidade de reduções adicionais na oferta sobre a mesa caso a demanda por petróleo na China seja significativamente impactada pela disseminação de um novo coronavírus, disseram fontes no grupo de produtores.
A rápida queda dos preços do petróleo nos últimos dias alarmou autoridades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disseram as fontes, uma vez que o vírus encontrado na China e em diversos outros países levantou preocupações em relação a suas consequências sobre o crescimento econômico e a demanda por petróleo.
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Os futuros do petróleo caminham para o sexto dia de perdas, com o Brent abaixo de 60 dólares o barril, tendo tocado na segunda-feira mínima de três meses, a 58,50 dólares, com o vírus disparando uma venda global de ativos considerados de maior risco.
A Arábia Saudita, que na prática é a líder da Opep, juntou-se a outros produtores como os Emirados Árabes, a Argélia e o Omã na segunda-feira, buscando acalmar os nervos do mercado ao pedir cautela contra projeções mais pessimistas sobre os impactos do vírus.
Mas membros da Opep também começaram a avaliar suas opções e intensificaram discussões internas sobre como responder melhor à derrocada dos preços, disseram as fontes.
“Uma prorrogação adicional é uma forte possibilidade e cortes mais profundos são uma possibilidade”, disse uma fonte da Opep, acrescentando que o impacto do vírus sobre a demanda chinesa por petróleo ficará mais claro na próxima semana.
“Uma prorrogação adicional é altamente possível… até junho”, disse outra fonte. Segundo a pessoa, uma opção preferível seria ampliar o pacto atual para até o final de 2020, sendo que cortes maiores seriam “possíveis” se houver necessidade.
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Uma fonte familiarizada com o pensamento da Rússia afirmou que, embora Moscou tenha antes demonstrado intenção de deixar os cortes, os russos ainda se manterão no pacto se os preços do petróleo continuarem abaixo de 60 dólares por barril.
A Rússia havia insistido que queria que o atual pacto de produção durasse só até março, enquanto os sauditas defendiam sua manutenção por mais tempo, segundo as fontes.
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