Skip links

População é contra dar dinheiro ao Congresso, afirma Bolsonaro

Fonte https://br.noticias.yahoo.com/popula%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-contra-dar-dinheiro-003900969.html

População é contra dar dinheiro ao Congresso, afirma BolsonaroMIAMI, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro atrelou nesta segunda-feira (9) as manifestações do dia 15 de março ao acordo que selou a divisão do Orçamento de R$ 30 bilhões entre governo e Congresso. Segundo o presidente, que deu aval às negociações na semana passada, a população não quer que o Parlamento seja "o dono do destino de R$ 15 bilhões". "Ontem, anteontem, troquei umas mensagens com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, falando sobre a questão do dia 15 de março que, no meu entender, é algo voluntário por parte do povo, não é contra o Congresso, não é contra o Judiciário, é a favor do Brasil que, afinal de contas, devemos obedecer e seguir o norte apontado pela população. E o que a população quer, que está em discussão lá em Brasília: não quer que o Parlamento seja o dono do destino de R$ 15 bilhões do Orçamento." Bastante aplaudido diante de uma plateia de brasileiros em Miami, o presidente disse que, caso os presidentes da Câmara e do Senado se pronunciem contra a partilha de recursos, poderão, inclusive, sinalizar que estão alinhados com o Planalto e, assim, arrefecer os protestos marcados para o domingo. "É isso que está em jogo no momento. Acredito ainda que se, até o dia 15, os presidentes da Câmara e do Senado anunciem algo no tocante a dizer que não aceitam isso e se a proposta chamada PLN4 [projeto de lei número 4] tiver dúvida no tocante a ficar com eles, para que venham destinar os recursos para onde eles acharem melhor, e não o Executivo, acredito que eles possam botar até um ponto final na manifestação. Não um ponto final, porque ela vai haver de qualquer jeito no meu entender, mas para mostrar que estamos, sim, afinados no interesse do povo brasileiro", completou Bolsonaro. Na semana passada, Planalto e Congresso negociaram um projeto de lei regulamentando como os recursos previstos para 2020 serão executados. Era uma tentativa de resolver o impasse com o Legislativo sobre o controle de cerca de R$ 30 bilhões do Orçamento deste ano. Apesar de negar ter feito qualquer acordo com o Congresso, o governo negociava havia pelo menos um mês um trato com parlamentares para manter com o Executivo parte dos R$ 30 bilhões colocada inicialmente nas mãos do Legislativo pelo chamado Orçamento impositivo. O Orçamento impositivo foi criado em 2015 para forçar o Executivo a pagar emendas de congressistas -investimento dos ministérios em geral feitos nas bases eleitorais de deputados e senadores. Em junho, o Congresso ampliou o dispositivo, tornando obrigatórias as emendas de bancadas estaduais. A proposta mantinha nas mãos do Congresso R$ 15 bilhões realocados do Orçamento e devolvia ao Planalto a execução do restante, outros R$ 15 bilhões. O trato, porém, desagrada ao presidente e parte de seus auxiliares, que avaliam que os deputados e senadores ficariam assim com muito poder. O texto do PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) está à espera de aprovação no Legislativo em uma tentativa de melhorar a relação entre o Planalto e os parlamentares. Mas, nesta segunda, Bolsonaro indicou que prefere mais um capítulo do mesmo debate com suas declarações nos EUA. No sábado (7), durante evento em Roraima, antes de viajar a Miami, o presidente fez uma convocação explícita para os atos do dia 15, que classificou como "espontâneos" e "pró-Brasil" e não contra o Congresso e o Judiciário. Ele repetiu que o movimento é voluntário, diante da comunidade brasileira em Miami, mas evitou pedir diretamente que o povo saia às ruas no próximo domingo. Em constante rota de colisão com o Congresso, Bolsonaro disse que tenta se comportar de modo a "evitar atritos e turbulências" mas, de vez em quando, é preciso "dar umas caneladas por aí." "O relacionamento com o Parlamento já esteve pior do que está hoje em dia", afirmou.

Leave a comment

Este site utiliza cookies para incrementar sua experiência.
Explorar
Puxar