Skip links

Taxa de letalidade por coronavírus entre quilombolas é o dobro da média nacional

Fonte https://www.brasildefato.com.br/2020/06/17/taxa-de-letalidade-por-coronavirus-entre-quilombolas-e-o-dobro-da-media-nacional

De acordo com o boletim epidemiológico do Observatório da covid-19 nos Quilombos, organizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq) e do Instituto Socioambiental (ISA), já são 721 casos de quilombolas contaminados no Brasil e 80 óbitos. A taxa de letalidade entre essa população é de 11,09%, mais que o dobro da média nacional, que está em 4,9%.

Núbia Cristina, coordenadora da Conaq, explica a dificuldade em conter o avanço do vírus nas comunidades. “A pandemia veio mostrar uma ferida que temos há séculos, a falta de aparelhos públicos dentro da comunidade e o descaso da gestão pública, de todas as esferas, com a população negra rural.”

Leia mais.: “Nesta pandemia, as políticas públicas não chegam até os quilombos”

Além dos contaminados e dos óbitos, o boletim epidemiológico indica que outros 190 quilombolas seguem monitorados, sem a confirmação, ainda, de que estão contaminados. No Brasil, são 934 mil casos e 45 mil mortes.

Enquanto tentam salvar a vida dos contaminados, quilombolas se organizam para prevenir novos casos. Porém, de acordo com Cristina, faltam insumos e itens básicos. “Não temos condições de prevenção e de acompanhamento. Muitas comunidades não têm água e nem estrutura para fortalecer essa política e acabamos desesperados.”

Leia também: “Que desenvolvimento é esse que traz morte?”, questiona pescadora e líder quilombola

No Amapá, estado de Cristina, são 14 mortes em decorrência do coronavírus. O Pará é o estado com o maior número de óbitos, 28. Rio de Janeiro, Maranhão e Pernambuco possuem 7 mortes cada. Espírito Santo soma 4 falecimentos. Goiás (2), Bahia (2), Rondônia (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Amazonas (1) completam a lista.

Leave a comment

Este site utiliza cookies para incrementar sua experiência.
Explorar
Puxar