A Apple está criando um programa de US$ 100 milhões para promover justiça racial dentro da empresa, anunciou o CEO Tim Cook hoje (11), enquanto líderes corporativos nos EUA procuram responder aos protestos do caso George Floyd e estão sob pressão renovada para lidar com a desigualdade racial no setor corporativo.
Internamente, Cook disse que a empresa expandirá seus esforços de recrutamento com faculdades e universidades historicamente negras, criará um campo para desenvolvedores de negros e aumentará os gastos com companhias de propriedade de negros.
O CEO também disse que a Apple formaria uma parceria com a Equal Justice Initiative, uma organização sem fins lucrativos que fornece representação legal a prisioneiros que não tiveram um julgamento justo, embora não esteja claro quanto dinheiro será doado ou o que essa parceria implica.
O programa será liderado por Lisa Jackson, vice-presidente de iniciativas ambientais, políticas e sociais da Apple, que em 2009 foi nomeada a primeira administradora afro-americana da história dos EUA para a Agência de Proteção Ambiental.
“Crescendo no Alabama durante o movimento dos direitos civis, vi em primeira mão que a única coisa que causou mudanças duradouras foram as pessoas de boa vontade deixando de lado o conforto e a segurança de suas casas para se manifestar, exigir responsabilidade e fazer o que pudessem para tornar uma sociedade defeituosa mais perfeita”, disse Cook.
Atualmente, o percentual da força de trabalho da Apple composta por minorias sub-representadas é de 24%.
Embora quase todas as grandes empresas tenham divulgado uma declaração de apoio aos funcionários negros, os líderes empresariais estão sob pressão para tomar medidas mais concretas. Todos os principais gigantes da tecnologia doaram ou instituíram programas com organizações de justiça racial. O Twitter fez do Juneteenth (Dia da Libertação, celebrado em 19 de junho em memória à data em que, em 1865, foi anunciada a Proclamação de Emancipação da escravidão no Texas) um feriado da empresa, e a Amazon disse que não deixaria mais a polícia usar sua controversa tecnologia de reconhecimento facial por um ano.
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